Ágora Tech Park

  • Ano: 2018
  • Localização: Joinville - SC
  • Equipe: Bruno Rossi, Adriano Bueno, Leticia Sitta
Concurso Nacional de arquitetura
Premiação: 5° lugar

PLANO DE OCUPAÇÃO

Para a implantação do conjunto proposto para o Agora Tech Park imaginamos inicialmente a disposição dos programas descritos e sua relação com os demais edifícios do campus. Para isso, criamos um eixo principal longitudinal a avenida Fabio Perini que multiplica as fachadas do lote e estabelece um passeio protegido que atravessa todo o terreno, inclusive na mata.

Com isso, os edifícios criam uma relação diferente com a rua e com o interior do terreno e desta maneira os programas de uso comum podem ser compartilhados maximizando a infraestrutura projetada. A disposição dos prédios atende esta premissa e agrupa os programas que podem ser pensados como usos coletivos.

Ao norte da implantação, ligados ao edifício da UFSC estão os programas de ensino e pesquisa que podem eventualmente ser extensão das atividades acadêmicas da universidade. Ao longo da avenida Fabio Perini, estão os conjuntos de serviços que também poderão atender o campus de uma maneira geral. Este conjunto forma uma fachada ligada à avenida e protege os programas de hospedagem e serviços locais que estão implantados no meio da mata, procurando tranquilidade, contato com a natureza, mais distante do cenário industrial, sem deixar de ter proximidade com os demais usos do complexo. Optamos por colocar o primeiro edifício a ser construído na esquina das avenidas Fabio Perini e Pisa a fim de criar um marco visual que organiza o conjunto futuro. Na extremidade leste, aproveitando a geometria em L do terreno estão localizados os programas maiores que abrigam as empresas de tecnologia, em blocos que se assemelham em dimensão com os demais blocos existentes. Entre o primeiro edifício e as empresas de tecnologia, e num eixo central que conecta todo o conjunto está localizado o auditório que pertence à primeira construção e que ao mesmo tempo cria uma praça inferior e configura naturalmente o anfiteatro. Assim, os demais programas podem também usufruir deste espaço coletivo, potenciando os programas e possibilidades e aproveitando o máximo a infraestrutura. Para todo o conjunto imaginamos que os prédios pudessem ser elevados do solo, com os programas de uso coletivo localizados nos térreos. Desta maneira, teríamos uma grande esplanada coberta com programas compartilhados.
O PRIMEIRO EDIFÍCIO Para o primeiro edifício queríamos criar uma estrutura de suporte para os diferentes programas previstos inicialmente no programa de necessidades, e que também pudesse se adaptar a outros programas e mudanças de uso. Acreditamos que as novas formas de trabalho dependem de um espaço que seja totalmente flexível. O edifício, portanto, se estrutura através de uma série de pórticos metálicos no sentido transversal que suportam uma grande cobertura e por sua vez todas as instalações necessárias. Deste modo, não há nenhuma interferência de elemento estrutural que possa atrapalhar os programas. Assim, o espaço é totalmente flexível e se adapta ao tempo. Nesta estrutura de suporte imaginamos inicialmente fazer fechamentos de pisos a fim de abrigar os programas previstos e liberar visuais, luz e criar relações de alturas diferentes através de grandes vazios. Desta maneira também é possível fazer as ampliações eventuais no prédio, ocupando alguns vazios e agrupando novos programas. Com isso, o prédio tem potencial muito maior que a soma das áreas do programa atual. Para isso, optamos por fazer o fechamento das salas com estruturas leves e totalmente independentes da estrutura do conjunto.
No nível do térreo imaginamos criar uma praça coberta, como extensão das vias existentes. Na esquina das vias Fabio Perini e Pisa está localizada a recepção compartilhada que serve de triagem do percurso e do visitante, que pode seguir os eixos longitudinal e transversal do conjunto. Ainda no térreo estão o café e a praça com pé direito triplo que dá acesso à praça rebaixada que dá acesso ao auditório no subsolo, e o Fab Lab que por sua vez tem a possibilidade de se abrir totalmente à praça descoberta e à mata, criando um universo extenso de possibilidades de usos. No primeiro pavimento, separados pelos vazios, estão a administração, o coworking e as salas multifuncionais, e no segundo pavimento a cozinha compartilhada e as incubadoras. Neste pavimento, no centro do prédio e com vista para o vazio central está a descompressão que além de garantir uma área agradável ao usuário, pode ser facilmente adaptada às novas formas de trabalho.

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